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O que a ciência diz sobre aromaterapia?

cientista estuda planta aromática

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O que a ciência diz sobre os potenciais efeitos curativos dos óleos essenciais? Os óleos essenciais são perfumados e naturais. Mas será que de fato podem combater ansiedade, estresse, dor e outros problemas de saúde?

Há relatos de uso dos óleos essenciais desde a antiguidade. Na prática, Deus, ou a natureza (como você preferir), colocou as plantas no mundo como fonte de alimento para a humanidade e outros animais. Aos poucos, as pessoas foram tomando conhecimento do poder das plantas para fins terapêuticos.

Em meio a várias práticas de medicina alternativa que utiliza as plantas, a aromaterapia e os óleos essenciais ganham cada vez mais adeptos.

Hoje, há um interesse renovado no uso de óleos essenciais para melhorar o bem-estar físico ou psicológico. Uma pesquisa descobriu que um terço dos americanos acredita nos benefícios para a saúde dos óleos essenciais e da aromaterapia. 

Há poucos estudos científicos sobre o assunto. Mas há grande quantidade de relatos dos benefícios desses extratos naturais. Milhões de pessoas, mais especificamente, afirmam ter colhido benefícios com aromaterapia. 

No Brasil, artistas, atletas e pessoas comuns… são muitos comentários positivos. Podemos levantar uma questão: a ciência (diretamente ligada à indústria farmacêutica) teria interesse em demonstrar estudos positivos sobre óleos essenciais? Não sei, tire suas próprias conclusões, o artigo não é sobre isso.

Fatos e estudos científicos sobre óleos essenciais

Fato: Os extratos de plantas já são comprovadamente eficazes. Eles são utilizados em vários produtos consagrados no mercado de saúde e bem-estar:

Cicatricure

Entre os principais ingredientes da fórmula, Cicatricure gel tem na sua composição: Extrato de cebola (Allium cepa L), Extrato de camomila (Chamomilla recutita), Extrato de tomilho (Thymus vulgaris), Extrato de conchas marinhas (Ostrea shell), Extrato da folha de nogueira (Juglans regia leaf), Extrato babosa (Aloe barbadensis), Extrato de Centela (Centella asiática) e Óleo de bergamota (Citrus aurantium bergamia).

Vick Vaporub

O famoso e multiuso “Vick” contém: levomentol 28,2 mg, cânfora 52,6 mg, óleo de eucalipto 13,3 mg. Excipientes: terebintina, óleo de noz moscada, óleo de folha de cedro, timol, petrolato branco, hidroxitolueno butilado e racealfatocoferol.

Dorflex

Cada comprimido ou ml contém 300 mg de dipirona monoidratada, 35 mg de citrato de orfenadrina (equivalente a 20,4 mg de orfenadrina base) e 50 mg de cafeína anidra.

Como podemos perceber, os medicamentos mais conhecidos do mercado possuem cafeína, óleos de cedro, bergamota, babosa (aloe vera), camomila, eucalipto e muitos outros componentes químicos naturais.

Estudos: Existem alguns estudos científicos sérios sobre a eficácia dos óleos essenciais. Veja 2 estudos realizados nas principais universidades do Brasil:

1. ÓLEOS ESSENCIAIS: UMA REVISÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS PARA O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

Rosangela Martines Echeverria – IBRAM

Luciana Rodrigues Mabote – Universidade Rovuma

Julio César Dos Santos – UFRB

Palavras-chave: Óleos essenciais antivirais, Princípios ativos, SARS-CoV-2

Resumo

Os óleos essenciais (OEs) têm diversas propriedades biológicas, como antiviral, antibacteriana e antimicrobiana, que podem atuar no vírus de forma a prevenir o invasor, a exemplo do Sars-CoV-2. O vírus contém bicamada lipídica que são atacadas por muitos compostos exógenos, por exemplo, os óleos essenciais que contêm princípios ativos, como compostos fenólicos, terpenóides, alcalóides, fenilpropanóides que atuam na camada viral.  Este artigo tem o objetivo de reunir algumas evidências científicas, como também simulações de computador, os chamados estudos sílicos, que apontem o uso de óleos essenciais para prevenir a contaminação e apoiar na recuperação da saúde dos infectados.  O método teve como base pesquisas bibliográficas em periódicos, especialmente: 1) PubMed; 2) Periódicos Capes; 3) ResearchGate; 4) BVS Saúde e 5) DOAJ – período de 2015 a 2021. A partir de descritores propostos “ óleos essenciais e COVID-19” foi obtido 97 artigos, dos quais 7 foram selecionados nesta revisão bibliográfica, conforme metodologia proposta. Os principais OEs com resultados promissores foram gerânio, limão, Melaleuca Cajuputi, alho e eucalipto, e os devidos princípios ativos, por meio de estudos de acoplamento molecular computadorizado e um artigo sobre o OE de Tomilho, teve ensaio clínico randomizado. As evidências científicas ocorrem em 8 países, com resultados promissores para prevenção e recuperação da COVID-19.

Íntegra do artigo: https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/revise/article/view/2620#:~:text=Os%20%C3%B3leos%20essenciais%20(OEs)%20t%C3%AAm,do%20Sars%2DCoV%2D2.

2. EFICÁCIA DA AROMATERAPIA NA REDUÇÃO DE NÍVEIS DE ESTRESSE E ANSIEDADE EM ALUNOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE: ESTUDO PRELIMINAR

Cassandra Santantonio de Lyra – Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia


Larissa Sayuri Nakai – Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia


Amélia Pasqual Marques – Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. São Paulo. BR

Descritores: Ansiedade/terapia; Aromaterapia; Estresse psicológico; Estudantes de ciências da saúde

Resumo

Este estudo teve como objetivo verificar a eficácia de aromaterapia na diminuição de níveis de estresse e ansiedade (traço e estado) de alunos de graduação de cursos na área da saúde. Participaram do estudo 36 sujeitos, com idade entre 18 e 29 anos, que foram divididos entre os que receberam tratamento (grupo aroma, n=18) e o grupo controle (n=18). Os sujeitos foram avaliados quanto a níveis de estresse e ansiedade antes e após o período de intervenção, pela Lista de Sintomas de Estresse e pelo Inventário de Ansiedade Traço e Estado. O tratamento de aromaterapia consistiu em sete sessões (duas vezes por semana) de dez minutos de inalação com uma sinergia de óleos essenciais elaborada especificamente. Os escores de estresse e ansiedade antes e depois do tratamento foram comparados estatisticamente, com nível de significância de 5% (p<0,05). O grupo aroma apresentou redução significativa dos níveis de estresse (de 24%) e ansiedade (de 13% e 19%, p<0,05), enquanto no grupo controle houve uma diminuição significante, embora menor (de 11%), apenas no nível de estresse. A aromaterapia mostrou–se eficaz na redução dos níveis de estresse e ansiedade em estudantes da área da saúde. No entanto, ainda são necessários mais estudos para identificar as causas dos níveis medidos e, também, os mecanismos de ação dos óleos essenciais em sua redução.

Íntegra do artigo: https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/12164https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/12164

Fato: A OMS (mundo) e o SUS (Brasil) já comprovaram e certificaram a prática da aromaterapia como uma solução eficaz para vários problemas de saúde, ajudando muitas pessoas que tinham dúvidas sobre os óleos essenciais a decidir pelo uso.

Como terapia alternativa e complementar, a OMS diz que os óleos essenciais colaboram “na manutenção da saúde em geral e do bem-estar”, auxiliando no equilíbrio integral do ser. A Organização preconiza como saúde: “restabelecer e melhorar a saúde física, mental ou emocional do paciente”.

Cada vez mais estudos científicos comprovam a eficácia dos óleos essenciais e o Brasil se destaca nesta área. Ainda não é maioria na comunidade científica uma aprovação 100% dos óleos essenciais. Entretanto, a ciência e a indústria farmacêutica fazem uso dos mesmos extratos nos principais medicamentos do mercado.

Se você tem dúvidas sobre o assunto e quer conversar um pouco sobre isso, mande um WhatsApp pra mim.

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