Desde há muitos séculos, os óleos essenciais são explorados. Acredita-se que os primeiros usos primitivos tenham sido através de bálsamos, ervas aromáticas e resinas que eram usadas para embalsamar cadáveres em cerimônias religiosas há milhares de anos.
Há relatos do uso de essências em 2700 a.C pelos chineses, no mais antigo livro de ervas do mundo, Shen Nong. Algumas plantas citadas eram o gengibre (Syzygium aromaticum) e o ópio (Papaver somniferum). Outro uso documentado de óleos essenciais se deu em 2000 a.C. em livros escritos em sânscrito, pelos hindus. Em tal época, já havia um conhecimento mais rudimentar de aparatos de destilação. Nesta época também há relatos de outros povos que fizeram uso desses compostos, como os persas e egípcios, ainda que seja muito provável que eles já dominassem as técnicas de extração desde muito antes. Muitas das ervas comuns na atualidade já eram conhecidas, como por exemplo o capim limão (Cymbopogon citratus). Ainda que não fossem extratos puros, eram soluções alcoólicas, não apenas usadas como perfumes, mas também em cerimônias religiosas ou com fins terapêuticos.
Durante as cruzadas, o conhecimento até então obtido por outros povos, se difundiu entre os árabes, que em pouco tempo aperfeiçoaram as técnicas e os aparatos de destilação. Tanto é que o mérito pelo primeiro indivíduo a extrair óleo de rosas foi de um físico árabe conhecido na época por Avicena. Os árabes foram mestres na alquimia e, não por acaso, são conhecidos naquele momento da história como bem avançados na medicina e em terapias naturais.
Não obstante, somente com uma publicação em 1563, por Giovanni Battista Della, é que se tem na história um salto na evolução nesta área de conhecimento: tinha-se então documentado uma forma de separar os óleos essenciais que até então eram apenas soluções alcoólicas.
A partir dos séculos XVI e XVII, a comercialização destes óleos se popularizou pelo mundo, devido ao nível de tecnologia e conhecimento de suas propriedades já mais explorado e divulgado no mundo. Não se deve esquecer que as especiarias, muitas delas ervas aromáticas de grande valor econômico, eram produtos valiosos na Europa.
Um termo que está bem associado a óleos essenciais é a “aromaterapia“. Este foi criado por um químico francês em 1928, conhecido como Maurice René de Gattefossé. Foi em uma de suas destilações em seu laboratório, que Gattefossé sofreu um acidente e teve seus braços seriamente queimados. Em meio ao pânico, imergiu-os em uma tina de lavanda, que até então pensava ser água. Notou que em poucos minutos sua dor havia passado e, dias mais tarde, já não tinha mais cicatrizes. Passou a explorar mais as propriedades curativas desses extratos, ao contrário de antes, que só os usava como perfumes para seus produtos e criações. Também se deve a este químico um dos primeiros relatos de que produtos sintéticos que imitavam essências naturais tendiam a não ter as mesmas propriedades curativas, assim como Cuthbert Hall em 1904 publicara sobre as propriedades anti-sépticas do óleo de Eucalyptus globulus em sua forma natural, em detrimento do seu principal constituinte isolado, o eucaliptol. Hoje é sabido que como os óleos compreendem misturas complexas, a síntese e adição de substâncias aos preparados obviamente não deve produzir o mesmo efeito.
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